segunda-feira, 17 de maio de 2010

Amor e Nostalgia



Caminho entre os lírios
Que grandes campos ao meu redor formam
Meus olhos de dois rios
As nascentes mais puras se tornam

Isso sempre acontece
Quando vejo o tempo que deixei correr
E no meu subconsciente
Sinto um toque do sofrer

Cantos e campos
Têm mais que uma diferença
Contos e cantos
Também só mantêm as aparências

Estou à sós com a solidão
Nem vem vadio!
O amor trancou o portão
Depois que saiu

Que curiosa é a vida
Que se irrita na microfonia
Depois viaja de enxerida
Na guitarra que grita

E onde vou parar?
Nessa louca viagem
Da loucura de amar
Da surreal, real miragem

E no espelho das águas
Distante, triste vejo
As raízes dessa barba
Cravadas no meu queixo...

Do sertão às metrópoles
Das taperas às mansões
Das quitandas ao shopping
Conheci inúmeras intenções

E agora entre os lírios
Sou a nascente desses dois rios
Que escorrem sobre os meus papiros
E banham meus delírios

Vou esquecer que eu existo
E de uma maneira triste
Esquecer-me desse vício
De que a tristeza existe

Não passo de um menestrel
E a linha da minha vida
Enrolo no carretel
Da alma amadurecida

Um trovador cavernoso
Com espada e alforge no peito
Gritando ao avesso do povo
Que o mundo ainda tem jeito

Dois rios, lágrimas, amor; beba... VIVA!!!

(Texto originalmente escrito em 09/11/08)

Um comentário:

  1. Salve grande Alex!

    Amei este seu poema!
    Que coisa linda e principalmente vinda de alguém tão jovem e já tão maduro na forma de escrever.
    Parabéns, estou orgulhosa de tê-lo conhecido!

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